Segundo o coordenador da
entidade, Manoel Cândido, esse problema afeta ainda o projeto de revitalização
da cajucultura no Estado, que vem sendo feita aos poucos pelos próprios
produtores. A diminuição da oferta de
castanha acabará fechando as minifábricas de beneficiamento do produto que não
possuírem estoque e obrigará os grandes produtores a importarem castanha de
outros países. Estima-se que as empresas tenham que importar, até setembro, em
torno de 100 mil toneladas da África Ontem, chegou ao
Ceará, pelo porto de Pecém, o primeiro navio de castanhas "in natura"
importadas da África. Aproximadamente quatro mil toneladas foram enviadas da
Costa do Marfim. O carregamento vem para ajudar a suprir a demanda, já que,
segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa
de safra para este e o próximo ano será de apenas 302 mil toneladas que não
atendem a capacidade instalada das indústrias nacionais.
Mel
Pior que a castanha está a situação do mel. De acordo com a Cooperativa de Apicultura do Rio Grande do Norte (COOPAPI), a perda deste ano já chega a 80% e pode piorar se não chover entre os meses de maio e junho, para segurar uma floração secundária. Por todo o sertão, as abelhas estão debandando, comprometendo qualquer colheita futura.
A Cooperativa esperava uma
safra de 200 toneladas de mel para este ano, mas até agora só entregaram 35
toneladas do produto. Segundo o tesoureiro Ismael da Costa, 215 famílias
ficarão sem a renda do mel. "Nossa alternativa agora é trabalhar com os
produtos da agricultura irrigada para o Programa Nacional de Alimentação
Escolar (PNAE) que atende a poucas famílias", finaliza.
De Fato